Projeto
Studio 130 metros

Esta casa é uma construção original dos anos 40, e pertenceu a um grande artista brasileiro, Victor Brecheret, responsável por grandes marcos da cidade de São Paulo.

O imóvel nunca havia sido habitado, servindo durante décadas após o falecimento do artista, como Fundação e depósito de parte do seu acervo.

Seu tamanho compacto (130 metros) e o endereço privilegiado numa das ruas mais charmosas do bairro dos Jardins em São Paulo, foi o que atraiu o arquiteto imediatamente.

A concepção foi atualizar a construção, traduzindo a linguagem contemporânea do novo morador.

A planta não sofreu grandes alterações. O que foi mais alterado foram os vãos, aberturas e revestimentos.

Todas as paredes foram forradas de gesso acartonado, e receberam pintura branca e em alguns casos, uma massa que imita cimento aparente.

Subindo a escada, que é original da casa, e foi ebanizada, vê-se uma obra de arte de Pinky Wainer, também responsável pelo neon da fachada (land of the free, home of the brave).

O banheiro da suíte do arquiteto interliga-se com uma banheira que foi criada num mezanino sobre a cozinha. Uma cobertura de vidro retrátil e motorizada pode ser aberta em dias de verão, deixando o clima ameno. Para amenizar o sol, um muxarabie de madeira, marca registrada do arquiteto, foi aplicada como forro, seguindo o mesmo padrão da porta de entrada da casa.

O arquiteto escolheu este imóvel para morar e trabalhar. Com pouco mais de 30 anos e um trabalho em franca expansão, Guilherme Torres é considerado um dos grandes nomes da arquitetura brasileira.

Vindo do interior do Paraná, onde possui um escritório que atende todo o Brasil há 10 anos, Guilherme pretendia traduzir no seu espaço, o melhor do seu modo de vida - cosmopolita e com uma pitada pop.

O Studio Guilherme Torres desenvolve projetos de arquitetura, interiores e também assina uma linha de móveis. Para tanto, transita entre estilos. A arquitetura recebe traços mais atemporais, fruto da admiração de Guilherme pela Escola Paulista de Arquitetura Modernista, que teve seu auge nos anos 60 e 70. Já para interiores a tendência é sempre refletir a inquietação de nossos dias. E o design é uma perfeita mescla entre estes dois estilos.

Basta olhar para o proprietário da casa para se entender a simbiose entre criador e criatura. Guilherme é amante de street art, música eletrônica, e adora criar novas tatuagens para si mesmo. É neste caldeirão de referências que recebe seus clientes e amigos.

Projeto: Studio Guilherme Torres

São Paulo

Segmento (s) Residencial
Tipo de Uso (s) Interno